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A Era de Ouro do Espiritualismo Moderno
01/01/1880 - 31/12/1920
O período de 1880 até 1920 corresponde ao auge do movimento espiritualista nos países de língua inglesa. Sua divulgação é ampla, seus médiuns populares e as editoras lançam livro atrás do outro sobre o assunto. Nomes ilustres aderem ao Espiritualismo e comissões são formadas para estudá-lo nas academias científicas e universidades.
Há também forte reação a ele, a mediunidade paga tem seu preço, atrai suspeitas e abre as portas para mistificações e fraude. A própria amplitude do movimento e sua desunião dão margem ao aparecimento de grupos com ideias dos mais diferentes tipos. As criticas se acumulam durante esse período e acabam solapando aos poucos o prestígio do Espiritualismo Moderno.
A sua rejeição pelo establishment científico também vai se acentuando, os fenômenos mediúnicos se mostraram não reprodutíveis nos laboratórios e suas leis e regras próprias não foram aceitas pelo reducionismo materialista que passou a dominar como paradigma absoluto. Cientistas que se posicionaram diferentemente, como Sir William Crookes, enfrentaram críticas e dificuldades.
Em 1924, a conceituada revista Scientific American promoveu um comitê para estudar a mediunidade de efeitos físicos e uma premiação para o médium que provasse sua realidade. A médium escolhida foi Mina Crandon e o famoso mágico Houdini participou do comitê para desmascarar as supostas fraudes.
A revista concluiu que não foram apresentados fenômenos paranormais e não entregou o prêmio. Foi o último prêmio deste tipo promovido pela revista.
O movimento não deixa de existir após os anos 20, mantém-se até hoje nos Estados Unidos e nos outros países de língua inglesa. Com mais ou menos pujança, o interesse público por ele retorna periodicamente e sua influência pode ser percebida na cultura, principalmente na literatura e no cinema.
O pesquisador Tood Jay Leonard, em seu livro sobre a história do Espiritualismo Moderno chama este período de “a era dos grandes médiuns” (The Era of the Great Médiuns).
